Operário encara gaúchos em seu retorno ao Brasileiro

Time ponta-grossense retorna ao cenário nacional contra o time do São José em Porto Alegre. Partida acontece a partir das 15h30; última participação aconteceu no ano de 1992

O Operário Ferroviário entra em campo hoje para recuperar uma história que parou 18 anos atrás quando fez a sua última partida em um Campeonato Brasileiro. Agora na Série D – a 4ª Divisão – o Fantasma vai ao Rio Grande do Sul para encarar o São José em Porto Alegre. Depois de retornar à elite do futebol paranaense e ficar entre os cinco melhores, o time comandado pelo treinador Pedro Caçapa encara os rivais em campo e muito frio com a missão de não perder e claro, se possível, voltar com os três pontos.

Para dar mostras de que os quase 40 dias de preparação foram proveitosos, o técnico do Operário já saiu com a equipe montada. Se toda a documentação e inscrição sair conforme o combinado, o alvinegro vai a campo com Ivan, Cassiano, Leonardo, Rodrigo De Lazzari e Gilson. No meio vai com Diego Zanutto, Cambará, Rilber e Danielzinho. O ataque terá Edenilson e Eduardo Rato.

“A nossa pré-temporada foi ótima e trabalhamos muito para essa disputa. Temos um bom banco e opções para os jogos e vamos lá para ganhar. Sabemos que a equipe gaúcha é uma equipe de pegada, mas fizemos bons testes como contra o Atlético e o Paraná Clube. Temos jogadores novos, mas bem rodados e por isso estamos bem confiantes”, diz Caçapa.

A partida será no Estádio Passo D’Areia, a partir das 15h30. O trio de arbitragem da partida entre São José e Operário, no Estádio Passo D’Areia em Porto Alegre, será carioca. Segundo divulgou a CBF, o árbitro será André Luiz Paes Ramos. Francisco Pereira de Souza e Michel Correia serão os auxiliares. Já o quarto árbitro será André Cieslak.

São José aposta em Luiz Carlos Winck
O técnico Luiz Carlos Winck, que trabalhou no futebol paranaense no primeiro semestre, aparece como um dos principais reforços do São José para a disputa do Campeonato Brasileiro. Em campo foram 12 novos jogadores vindos para reforçar o time gaúcho. O time trabalhou em dois períodos para intensificar a parte física e garantir um melhor conjunto. Entre os trabalhos diferenciados aconteceu o amistoso com derrota para o Pelotas.

No quesito torcida, o Operário não precisa se preocupar. Isso porque de acordo com as informações repassadas pela própria assessoria de imprensa do clube, a média de público do time é de 500 a 600 pessoas.

No passado, o São José já revelou ou teve em seu elenco alguns craques e outros jogadores famosos. Destaque para Ênio Andrade, Careca (ex-Guarani, Palmeiras e Seleção Brasileira), o próprio Luiz Carlos Winck, Carlos Miguel (campeão da Libertadores com o Grêmio), Pinga (Ex-Internacional).

Zagueiro é um dos mais experientes
Vindo como uma promessa no ano de 2005 quando o Fantasma ficou muito perto de voltar à 1ª Divisão do Paranaense, Rodrigo De Lazzari também defendeu o clube já com outra realidade, com um mínimo de planejamento, como aconteceu já no Estadual deste ano. Agora ele vai encarar a realidade de defender o Fantasma em uma competição nacional. “Aqui já joguei Acesso, Paranaense e vou agora para o Brasileiro. Sei da expectativa da torcida do Operário, mas vamos fazer o nosso melhor. Acredito que temos um grupo mais forte, um elenco que ganhou mais experiência, o que pode e com certeza vai fazer a diferença”, analisa o zagueiro.

Último jogo do clube em nacional foi em maio de 1992
A última participação do time ponta-grossense em um campeonato nacional foi no ano de 1992, quando a CBF anunciou a criação da Divisão Classificatória. Segundo as informações repassadas pelo torcedor Thiago Moro, da Torcida Trem Fantasma, com 24 clubes, o torneio não receberia subsidio financeiro da CBF. Com isso, vários clubes acabaram desistindo da competição e passaram para a Série B. O principal atrativo dessa Série B seria a ajuda financeira da CBF e a menor distancia entre as cidades dos participantes.

O torneio quase foi cancelado, mas depois de vários adiamentos, acabou sendo disputado com apenas 31 clubes. Segundo o regulamento, o primeiro colocado de cada um dos sete grupos estaria promovido para a Segunda Divisão de 1993. Estes sete clubes se uniriam a 25 clubes indicados pelas Federacoes formando a nova Segunda Divisão com 32 clubes, ficando o Campeonato Nacional com apenas duas divisões de 32 clubes.

O torneio – que seria equivalente à 3ª Divisão – começou em março e o Fantasma estreou fazendo 2 a 0 sobre o Grêmio Maringá. Depois venceu o Blumenau em Santa Catarina (2 a 1) e a Chapecoense em Ponta Grossa pelo placar de 5 a 1. No returno, já em abril de 92, o Fantasma perdeu fora para o Grêmio Maringá (1 a 0), venceu o Blumenau em casa por 1 a 0 e encerrou a primeira fase com um empate (1 a 1 em Santa Catarina) com a Chapecoense. Na classificação, o Fantasma avançou em primeiro lugar e se uniu para a então chamada semifinal do Grupo B ao lado de Matsubara, Fluminense e Rio Pardo.
A disputa aconteceu a partir de maio de 1992 e o primeiro jogo foi em Ponta Grossa, quando o Operário ficou no 2 a 2 com o Matsubara. No jogo de volta, fora de casa, o alvinegro perdeu por 2 a 0 no dia 17 de maio, na partida que marcaria a despedido do Fantasma das competições nacionais por exatamente 18 anos.



fonte: http://operario.korvo.com.br/

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