Cabofriense 1x2 Guarani de Palhoça

Em sua primeira partida oficial disputada fora de Santa Catarina, o Guarani de Palhoça mais parecia um veterano em terras estrangeiras. Neste sábado, pela estreia na Série D do Brasileiro, o Bugre surpreendeu a Cabofriense dentro do Estádio Correão, em Cabo Frio, na região dos lagos do Rio de Janeiro: um 2 a 1 regido pelo pé esquerdo atrevido de Capa. 
O lateral-esquerdo, de longe, foi o melhor jogador da partida. Foi ele quem fez fila na zaga do adversário para abrir o placar. Foi ele quem deixou Rodrigo Dias na saudade para fazer o segundo. Foi ele quem desconcertou o mesmo Rodrigo e provocou a sua expulsão. Uma atuação de gala do lateral-esquerdo que coloca o time de Palhoça na liderança do Grupo 7 da competição. 
 A Cabofriense não esperava ser rendida em casa. Não jogou mal, mas parece ter abusado das tentativas de acionar Jones na jogada aérea. Foram poucas as vezes que essa tática funcionou, mas o gol saiu apenas porque Arthur foi mais rápido que todos dentro da área e empurrou para o fundo das redes. 
As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. Enquanto a Cabofriense viaja ao Sul para enfrentar o Brasil de Pelotas, às 16h, no Estádio Antonio Vieira Ramos, o Guarani recebe em casa o Maringá, no mesmo horário. 

Quietinho, Guarani surpreende 
Era a primeira vez do Guarani de Palhoça em uma partida oficial longe de Santa Catarina. A milhares de quilômetros de casa, o Bugre, teoricamente, deveria estar acanhado. Do outro lado do campo, não estava uma potência do futebol nacional, é verdade. Porém, nos mares por onde a jovem equipe se aventura pela primeira vez, a Cabofriense já passou algumas vezes. Não demorou sequer 10 minutos para todo esse papo furado ser desmentido: Capa e Diogo Dolem fizeram bonita tabela, e o atacante faria o gol não fosse a intervenção providencial de Léo Silva. 
Foi um sinal de que o visitante não respeitaria tanto assim o dono da casa. Dono da casa que, por sinal, apostava em uma única receita, a bola aérea. Não importa quem chegasse à linha de fundo, era fato de que tentaria encontrar Jones na área. Foi assim uma, duas, três, quatro vezes...  Em uma delas, Eberson perdeu o gol sozinho. O meia lamentou, sem saber que, segundos depois, lamentaria ainda mais. No contra-ataque, Capa fez fila na defesa do adversário e bateu na saída de Rodolpho. Um golaço. Antes do primeiro tempo terminar, Jones  ainda conseguiu perder uma chance de cabeça dentro da pequena área. 
Ninguém segura Capa 
A postura da Cabofriese no segundo tempo era daquele time que queria vencer, não importa o que fosse necessário. A tática do chuveirinho na área continuou, mas ela foi muito mais efetiva nos primeiros minutos da segunda etapa do que fora durante o primeiro tempo inteiro. Assim, Jones, por muito pouco, não empatou. Em outra chance, Wanderson se atrapalhou, a zaga do Guarani bateu cabeça, mas a bola não entrou por centímetros. Muito mais na base da vontade do que de uma estratégia propriamente dita, a Cabofriense empatou. Arthur foi mais rápido que a zaga, driblou o goleiro e estufou as redes. 
A comemoração do Tricolor Praiano não durou sequer dois minutos. Capa, imparável, infernal, recebeu dentro da área, deu um drible desconcertante em Rodrigo Dias e bateu fraco. Um golaço. A Cabofriense ficou atordoada. Na sequência, Capa ia deixando Rodrigo novamente para trás quando recebeu falta: segundo amarelo para o lateral, que foi para o chuveiro mais cedo. Com um a menos - e com a postura mais defensiva do Bugre, claro -, a Cabofriense passou a dominar a posse de bola, a buscar incessantemente o gol. Mas nada que surtisse efeito. 

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