Campeonato Brasileiro Série D

A abertura do mata-mata do Campeonato Brasileiro da Série D não poderia ser mais eletrizante. Numa grande partida disputada na tarde deste sábado, no Estádio Amigão, em Campina Grande, o Campinense venceu o CSA por 2 a 1 e agora joga pelo empate para avançar à terceira fase. O detalhe é que o time alagoano estava invicto na competição até aqui.

O jogo de volta acontece no próximo domingo, dia 9, em Maceió. Por ter marcado fora de casa, o CSA joga por uma vitória de 1 a 0 para garantir a classificação. Se devolver os 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis.

O jogo desta tarde teve dois tempos distintos. Os primeiros 45 minutos foram dominados pelo Campinense, que abriu o placar logo aos 12 minutos, através de Warley. O atacante subiu mais do que a defesa alagoana e escorou um escanteio cobrado por Ferreira.

Com o meia Fernandes inspirado, a Raposa continuou melhor em campo e só não chegou a mais gols porque o atacante Eduardo Rato - a surpresa na escalação, já que Rafael Ibiapino havia treinado sempre como titular -, não conseguia dar sequência às jogadas ofensivas.

Para tentar corrigir o time, o técnico Lourival Santos, do CSA, queimou a primeira substituição antes mesmo dos 20 minutos. Cléberson entrou no lugar de Jônatas, liberando mais o lateral Celico. A mudança surtiu efeito e os alagoanos conseguiram equilibrar a partida.

Aos 33 minutos, mais uma grande jogada de Fernandes. Depois de jogada individual, ele rolou para Adriano Felício. O camisa 10 chutou prensado com a defesa e a bola foi para escanteio.
A partir daí o jogo caiu e, de interessante mesmo no primeiro tempo, só a discussão entre o árbitro pernambucano Émerson Luiz Sobral e o técnico Freitas Nascimento, do Campinense.

CSA domina segundo tempo

O Campinense voltou para o segundo tempo com uma alteração: Rafael Ibiapino no lugar de Eduardo Rato, que se machucou no fim da primeira etapa.
A correria do garoto acabou se tornando improdutiva e o CSA passou a dominar o jogo. Aos 6 minutos, Leandrinho teve a chance de empatar, mas o capitão Ben Hur apareceu na hora certa para salvar o time paraibano.

Aos 8 minutos, a substituição que poderia mudar a história do jogo: Washington entrou no lugar do pouco produitivo Safira e incendiou de vez a equipe alagoana.

Para tentar conter o ímpeto do adversário, Freitas Nascimento colocou o volante Izaías no lugar de Adriano Felício. A pressão, no entanto, não diminuiu. Apagado em campo depois do gol, Warley também deixou o campo para a entrada do talismã Marquinhos Marabá.

Mas antes de Marabá escrever mais um capítulo em sua história de amor com o Campinense, veio o susto. Numa cobrança de falta perfeita, aps 33 minutos, Ronaldo empatou a partida no Amigão. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar.

O empate não servia e a Raposa foi toda para frente, se expondo aos contra-ataques. Nos minutos seguintes, as duas equipes alternaram bons lances. O CSA, com Washington. E o Campinense, com Fernandes - o melhor em campo.


E foi dos pés do camisa 8 rubro-negro que saiu o gol da vitória aos 44 minutos. Depois de uma jogada muito brigada pela esquerda, Fernandes encontrou Marquinhos Marabá livre na área. O atacante só teve o trabalho de empurrar para a rede, sem defesa para o goleiro Flávio. Era o gol da vitória do Campinense, para festa da torcida no Amigão.

Aos 48 minutos, veio o final do jogo. O primeiro tempo do duelo de 180 minutos foi vencido pelo time paraibano. Uma pequena vantagem, mas que pode ser decisiva na sequência da Série D.


Por GLOBOESPORTE.COM