Operário: Série C vira "missão quase impossivel"

Se a partida de ida contra o Madureira era encarada como um ‘round decisivo’ na luta do Operário pela Série C do Campeonato Brasileiro, o último jogo no Germano Krüger foi quase um nocaute no clube ponta-grossense.

Em quatro golpes certeiros em contra-ataques, o time suburbano carioca pulverizou as esperanças dos quase cinco mil torcedores que foram ao estádio em Vila Oficinas na expectativa de ver a equipe de Pedro Caçapa pavimentar o caminho à terceira divisão nacional.

Os 4 a 2 sofridos em casa obrigam o Operário a ir ao Rio de Janeiro no próximo sábado tendo de vencer por pelo menos 3 a 0, ou por uma diferença por dois gols caso consiga marca mais de quatro gols.

Missão quase impossível para uma equipe que jamais conseguiu vencer por uma diferença maior que um gol na Série D e que apenas uma vez conseguiu vencer fora de casa na mesma competição. Vencer por três gols de diferença, na casa do adversário, é inédito para o Operário até mesmo em qualquer competição de 2010. Durante o ano todo, somente uma vez, diante do Engenheiro Beltrão, na primeira fase do Campeonato Paranaense, em casa, o alvinegro conseguiu vencer uma partida por 3 a 0. O retrospecto do time carioca também não ajuda nas esperanças alvinegras.

O Madureira não perdeu nenhuma das cinco vezes que atuou em Conselheiro Galvão pela competição nacional. Em toda sua participação na Série D, apenas uma vez, diante do Tupi, em Minas, a equipe carioca perdeu por 3 a 0 ou diferença superior a mais de dois gols.

Apesar do abatimento após desastre na tarde do último domingo em Vila Oficinas, o tom do discurso de Caçapa era de se manter em pé, mesmo com as pequenas chances de classificação. “Futebol dá muitas voltas. O torcedor veio me perguntar se o sonho acabou. Acho que só acaba quando a gente disser que acabou. Ninguém desistiu de nada, não tem nada acabado. O grupo se uniu, está fechado e vamos para lá brigar pela vaga”, pregou o treinador minutos após ver sua equipe ruir diante um adversário que explorou os contra-ataques para obter a terceira vitória como visitante na Série D. Jogadores como o volante Diego Zanuto, acusado por alguns torcedores de ter falhado em pelo menos dois gols sofridos, e Edenílson, substituído no intervalo e desperdiçado uma oportunidade clara quando o placar ainda estava zerado, foram poupados pelo treinador. “Nos jogos contra o Metropolitano ele era importante e todo mundo abraçou quando ele fez os gols, e não tem porque ser diferente agora. A mesma coisa com o Zanuto, o grupo se fechou com eles”.

Por Jeferson Augusto - http://operario.korvo.com.br/

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