Rio Branco 1x1 Madureira
Chances não faltaram, mas o Rio Branco não conseguiu sair na frente no confronto contra o Madureira pela segunda fase da Série D do Brasileiro. Jogando com o apoio de mais de 2 mil torcedores na tarde deste sábado no Estádio Salvador Costa, o capa-preta empatou em 1 a 1 com o Tricolor Suburbano e vai precisar jogar muito se quiser permanecer vivo na competição.
No sábado que vem, às 15h, os dois times voltam a campo para a segunda e decisiva partida, desta vez no Estádio Aniceto Moscoso, no Rio de Janeiro. A equipe capixaba precisa vencer, ou empatar por dois ou mais gols para avançar a terceira fase. Já o Madureira se classifica com vitória ou empate sem gols. Se o placar de 1 a 1 se repetir a vaga será decidida nos pênaltis.
O jogo
Empolgado com o apoio da torcida, o Rio Branco começou melhor a partida. Colocando o seu ritmo no jogo, o capa-preta ensaiou uma pressão logo no início. Aos três minutos, Ronicley recebeu passe de Evandro pela esquerda, entrou na área e bateu cruzado levando perigo ao goleiro Marcio e arracando o primeiro grito de 'uuuuuh' dos torcedores.
Acuado, o time carioca não conseguia sair de trás e errava muitos passes na frente. Se aproveitando disso, o time capixaba tocava a bola em busca de espaços na zaga do Madureira e aos sete minutos conseguiu. Ronicley tabelou com Emerson e saiu na entrada da grande área, mas na hora do chute o meia não pegou bem na bola que saiu fraca nas mãos do goleiro Marcio.
Somente aos 11 minutos o Madureira conseguiu chegar pela primeira vez ao ataque. Serginho recebeu bom passe na área e tocou para trás. Michel apareceu livre e chutou com perigo a direita do goleiro Wálter. Mas a jogada foi esporádica, e o Rio Branco seguia 'em cima' do adversário.
Aos 15, Flavinho quase fez um golaço. O lateral cobrou escanteio com curva e quase surpreendeu o goleiro Marcio, que teve de se esticar todo para impedir o gol olímpico. Pela esquerda, Flavinho também era uma boa opção de ataque, e aos 17, ele avançou pelo setor, passou pelo marcador e cruzou. A zaga do Madureira não conseguiu afastar e a bola sobrou para Cleiton, que ajeitou e soltou a bomba de canhota, mas o goleiro carioca evitou o gol com uma bela defesa.
Madureira surpreende e marca, mas Brancão dá o troco
E quando ninguém esperava, veio uma ducha de água fria no time e torcedores alvinegros. Aos 21, Zeca bateu falta pela esquerda e Serginho, livre, desviou de leve a bola que parou no fundo do gol de Wálter. E o capa-preta sentiu o golpe. Logo no minuto seguinte, Serginho recebeu bom passe, driblou Breda e bateu forte levando muito perigo. Dois minutos depois, em contra-ataque, foi a vez de Alex receber na entrada da área e chutar por cima do gol.
Mas aí quando o time mais precisava apareceu Gil Baiano. O volante arrancou da defesa com velocidade, passou por dois marcadores e tocou para Evandro na esquerda. O atacante dominou, foi ao fundo e bateu cruzado para o meio da área no pés de Cleiton, que escorou para o fundo gol e empatou a partida.
Após o gol a torcida do Rio explodiu no estádio e soltou a plenos pulmões o grito de 'vamos subir branco...'. Mas quem esperava por uma pressão forte em busca do gol da virada se decepcionou. O Brancão retomou o controle da partida, mas não conseguia criar situações claras de gol. Aos 42, na última tentiva da primeira etapa, Evandro ganhou no corpo do zagueiro pela esquerda e invadiu a área livre, mas ao invés de chutar para o gol, o atacante tentou o toque para Cleiton, que não conseguiu alcançar a bola.
Jogo volta equilibrado
Depois do intervalo, o jogo se equilibrou. Mesmo com maior posse de bola, o Rio Branco não conseguia penetrar na defesa do Madureira com tanta força. Pelos lados, o capa´preta armava suas melhores jogadas e em um delas, aos oito, Eduardo avançou pela direita e cruzou, mas a bola passou por toda a extensão da área sem ninguém conseguir tocar para o gol.
Em seguia, Eduardo deixou o jogo para entrada de Emílio, e na sua primeira jogada, o meia foi na linha de fundo e cruzou para trás e novamente ninguém do Brancão apareceu para finalizar. Aos 15, o Madureira assustou. Alex recebeu na direita, passou por Gil Baiano e cruzou. A zaga não conseguiu afastar e a bola sobrou para Rodrigo na marca do pênalti, sorte do capa-preta que o meia isolou.
A cada minuto que passava, o Rio Branco se lançava mais ao ataque em busca da vitória, e cedia os contra-ataques para o time carioca, que levava perigo em lances com Hiroshi e Serginho. Aos 19, em jogada confusa na área após escanteio cobrado por Ronicley, a bola sobrou para Guaçuí, mas desiquilibrado, o volante chutou para fora.
Toninho lança três atacantes, mas gol não sai
Aos 23 minutos o técnico Toninho Andrade resolveu colocar o Rio Branco todo no ataque. O treinador sacou Ronicley e botou em campo o centroavante Juca, passando a ter três atacantes no gramado. E a partir daí a pressão começou de fato. Com praticamente todos os jogadores sufocando o adversário, o alvinegro buscava de todas as formas virar a partida e chances não faltaram.
Aos 24, Emerson recebeu bom passe, entrou na área e chutou em cima da zaga. Dois minutos depois, Emílio avançou pela esquerda e cruzou, Juca se esticou todo e por pouco não desviou a bola para o gol. Mas o Tricolor Suburbano não estava morto e também aparecia no ataque. Aos 32, assim como Flavinho no primeiro tempo, Zeca cobrou escanteio cheio de efeito e Wálter teve que trabalhar bem para evitar o gol olímpico.
A partida ficava emocionante. Com a maioria da torcida em pé, apreensiva, o Rio Branco chegava a frente e despediçava oportunidades. Aos 34, Cleiton recebeu na direita e chutou cruzado, Evandro chegou de carrinho na segunda trave e por pouco não conseguiu completar para o gol. Cinco minutos depois, Evandro passou pelo marcador e serviu Emerson livre na direita, o lateral chegou batendo mas bola ficou na rede pelo lado de fora.
Na último lance do jogo, o Brancão quase conseguiu marcar o gol salvador. Evandro fez boa jogada e tocou para Cleiton na direita da área. O gladiador dominou, ameaçou o chute, fintou dois marcadores e bateu rasteiro. Mas Marcio defendeu com o pé e evitou a virada capa-preta.
Rio Branco 1x1 Madureira
Estádio: Salvador Costa (Vitória)
Árbitro: Rodrigo Braguetto (SP)
Gols: Zeca, aos 25, e Cleiton, aos 31 minutos do primeiro tempo
Público: 2.175 pagantes (R$ 29.260,00)
Rio Branco: Walter; Emerson, Wedson e Breda; Gil Baiano, Guaçui, Eduardo (Emílio), Ronicley (Juca)e Flávio; Cleiton e Evandro. Técnico: Toninho Andrade
Madureira: Márcio; Valdir (Dudu), Pessanha, Douglas Assis e Zeca; Vinícius, Victor Silva, Rodrigo e Michel (Hiroshi); Alex e Serginho (Caio Cézar). Técnico: Roy
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