Brasil-Pel bate Brasiliense nos pênaltis e assegura vaga na Série C

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Brasília

A epopeia do Brasil-Pel rumo à Série C do Brasileirão foi sofrida. Envolveu uma caravana de centenas de torcedores que deixaram Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul, para transformar a Boca do Jacaré na casa do Xavante, no jogo da volta das quartas de final da Série D, contra o Brasiliense. E o apoio da torcida deu resultado. Os donos da casa replicaram o placar do Bento Freitas - 2 a 1, com gols de Luiz Carlos para o Jacaré e de Nena para os gaúchos - e levaram a decisão para os pênaltis. Coube a Eduardo Martini a incumbência de ser o herói da classificação. Além da boa atuação no tempo regulamentar, o goleiro pegou duas cobranças e selou o avanço à semifinal da competição e o acesso à terceira divisão em 2015.
Mas a espera pelo retorno foi mais longa do que a campanha em 2014 ou  que o triunfo em Brasília. O clube conquistou o acesso três anos após ser rebaixado à Série D, em uma decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que puniu o Brasil-Pel com a perda de seis pontos pela escalação irregular do lateral-direito Cláudio, em 2011. O Xavante enfrenta o Londrina na semifinal. As duas equipes se enfrentam no Bento Freitas no próximo sábado, no jogo de ida. Na semana seguinte, a segunda  partida será disputada no Estádio do Café.

O calor em Taguatinga, que obrigou a arbitragem a realizar paradas técnicas para reidratação, e a ausência da torcida - a presença de torcedores gaúchos era maior no estádio - não inibiu o Brasiliense de buscar reverter o revés do jogo de ida. Os donos da casa se lançaram ao ataque e abriram o placar logo aos 13. Luiz Carlos aproveitou cruzamento da esquerda, dominou dentro da área e chutou forte, sem chances para Eduardo Martini. O tento fez o Brasil-Pel acordar. Aos 20, Alex Amado fez boa jogada pela esquerda e bateu cruzado, rente à trave. Dois minutos mais tarde, Cirilo aproveitou cruzamento e quase marcou. Mas a pressão pouco surtiu efeito.

Foi o Jacaré que marcou - e novamente com Luiz Carlos - aos 42. O centroavante subiu mais que a zaga e tocou de cabeça para ampliar o placar. A resposta foi imediata. Nena recebeu na área aos 45, limpou a marcação e diminuiu a desvantagem.

Martini salva o Brasil-Pel na segunda etapa

O Brasiliense fez de tudo para evitar que a vaga na Série C fosse despedida nos pênaltis, mas parou em Eduardo Martini. Logo aos cinco, Luiz Carlos chutou no canto, de dentro da área, obrigando o arqueiro a fazer grande defesa. O centroavante e o arqueiro travaram um duelo particular ao longo da etapa, mas foi aos 44 que o camisa 1 cresceu. O atacante do Jacaré cabeceou à queima roupa dentro da área e obrigou o xavante a fazer um milagre e evitar a eliminação. A partida acabou em confusão. Após sete minutos de paralisação, Leandro Leite, do Brasil-Pel, e Thiago Galhardo foram expulsos.

Vitória do Xavante nos pênaltis e festa nas arquibancadas

A decisão nos pênaltis não teve começo promissor para os gaúchos. Luiz Carlos fez o dele, mas Nena desperdiçou. Edson espalmou e contou com a trave para ver a bola desviar da meta. Era hora de Martini crescer. Primeiro, pegou pênalti de Braz, enquanto Alex Amado converteu para o Xavante, igualando a disputa. Na sequência, Felipe e Romarinho anotaram para o Brasiliense, e Márcio Jonathan e Chicão cumpriram a função para o Brasil-Pel. Mas o goleiro voltaria a aparecer. Voou para espalmar a cobrança de Baiano, a última do Jacaré. Forster chutou forte e selou a classificação, para explosão da torcida gaúcha na arquibancada. 

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