Salgueiro e Nacional não saem do zero

No primeiro jogo das oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro, Salgueiro-PE e Nacional-AM empataram em 0 a 0, no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro (a 518km de Recife). O jogo foi marcado pelo equilíbrio entre as equipes, principalmente no primeiro tempo. Na etapa complementar, o Carcará buscou mais o gol, enquanto o Leão da Vila Municipal apostou nos contra-ataques.

Apesar do Salgueiro ter mais posse de bola, as chances mais claras de gol saíram da equipe amazonense. A polêmica do jogo ficou com o árbitro Grazianni Maciel Rocha. O atacante do Nacional, Leandro Cearense, foi acionado pelo volante Denis e ficou cara a cara com o goleiro Mondragon. O auxiliar deu condição legal, mas o juiz anulou a jogada.

Com o empate no Pernambuco, uma vitória simples classifica o Nacional-AM para a próxima fase. Já o Salgueiro precisa apenas de um empate com gols para assegurar a passagem para as quartas de final. Em caso de novo empate sem gols, a decisão será nos pênaltis.
Montagem Nacional Salgueiro (Foto: Nacional Salgueiro) 
Nacional e Salgueiro empataram em 0 a 0, nesta segunda-feira  (Foto:GLOBOESPORTE)

O jogo

O primeiro tempo no Cornélio de Barros foi de equilíbrio. O Salgueiro-PE, empurrado por sua torcida que lotou o estádio Cornélio de Barros, tomou a iniciativa e procurou acuar o Nacional-AM no campo de defesa. A pressão inicial deu certo e Elvis, em cobrança de falta, quase abriu o placar. Mas o goleiro Gilberto, bem posicionado, praticou grande defesa.

Aos poucos, o Nacional-AM foi anulando as investidas do Carcará e passou a ter mais posse de bola. Em uma falha do zagueiro Ronieri, Leandro Cearense chutou com perigo e assustou o goleiro Mondragon. Logo na sequência, Bismarck recebeu passe de Andrezinho e obrigou o goleiro do Salgueiro a defender em dois tempos.

O Salgueiro errava muitos passes, enquanto o Naça encontrava espaços no setor defensivo. Evandro fez grande jogada na área, driblou dois marcadores, mas pecou no passe para Felipe. Se, por um lado, o time do Amazonas começava a se impor, a torcida local, impaciente, vaiava timidamente os pernambucanos.
Uma das principais armas do Carcará, o baixinho Clébson, anulado em praticamente todo o primeiro tempo, deu trabalho ao goleiro Gilberto, do Naça, nos acréscimos. O meia chutou forte e o arqueiro azulino, no reflexo, defendeu antes do apito final.

Salgueiro pressiona, mas Naça se segura

Sem mudanças para a etapa complementar, a proposta foi a mesma. O Salgueiro começou pressionando e o Nacional esperando uma oportunidade para matar o jogo no contra-ataque. Porém, o time amazonense cometia inúmeros erros na saída de bola.

Tamandaré, pela direita, Clébson e Elvis, no meio-campo, eram os jogadores que mais levavam perigo a defesa nacionalina, que teve praticamente todos os seus homens de marcação (Lídio, Denis, Emerson, Bigú e Agenor – o último entrou no segundo tempo) advertidos com cartão amarelo pela arbitragem.
Apesar do maior volume de jogo dos anfitriões, o Nacional, novamente, foi quem teve a oportunidade mais clara de gol. Na primeira descida ao ataque, após bate-rebate na área, Leandro Cearense chutou para firme defesa de Mondragon.

Depois, o que se viu, foi um Salgueiro com mais posse de bola, mas sem criar chances claras de gol e um Nacional aplicado na marcação e jogando por uma bola para decidir a partida. E foi quando surgiu a polêmica do confronto.

Leandro Cearense recebeu passe de Denis. A zaga do Carcará fez a linha de impedimento, mas o bandeirinha Wagner de Almeida, acertadamente, deixou o lance seguir. No entanto, o árbitro anulou a jogada. Contestado pelos jogadores do Nacional e depois de consultar o assistente, Grazianni Rocha admitiu o erro e voltou atrás, dando bola ao chão.

Protestos à parte, dos jogadores do Nacional com o juiz e da torcida (mais de 9.400 pessoas foram ao estádio) com o time do Salgueiro, o jogo terminou com um empate sem gols e deixou a decisão em aberto para a partida de volta em Manaus, no próximo fim de semana.

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