Cabofriense 2x1 Ituano
O fim do drama de um veio ao mesmo tempo em que o do outro
foi prolongado. Depois de cinco longos meses ou nove jogoss, a
Cabofriense
voltou a vencer uma partida de futebol – a última vez havia sido no dia
23 de
fevereiro, na histórica vitória sobre o Vasco, ainda pela décima rodada
do
Campeonato Carioca. Pior para o Ituano, que demonstrou garra até o fim
do duelo deste sábado, mas acabou sendo derrotado por 2 a 1 no Estádio
Correão,
pela terceira rodada da Série D do Brasileiro.
Jogo teve domínio cabofriense na segunda etapa (Foto: Chandy Teixeira)
Rodolfo defende cobrança de falta de Marcelinho (Foto: Acaz Fellegger / Ituano FC)
Tarcísio Pugliese estreou com derrota no banco do Galo de Itu (Foto: Acaz Fellegger / Ituano FC)
A emoção começou a narrar o duelo, mas nada de gol.
Será mesmo? No lance derradeiro, Gercimar mergulhou para completar de cabeça
para o fundo das redes, mas o levantar da bandeira do auxiliar trouxe um alívio
quase que inexplicável para a torcida da Cabofriense.
A estreia de Alfredo Sampaio não poderia ter sido melhor. Ou
até poderia, mas o que seria o fim de um longo jejum sem uma dose de emoção? O
novo treinado fez mudanças significativas na equipe. Apostou em uma nova dupla
de zaga, mas principalmente na entrada de Kaká, um dos destaques do jogo. O
meia participou tanto no gol de Rodrigo Dia, quanto no de Eberson – no segundo,
acertou um passe milimétrico. Outra boa notícia na Cabofriense, que somou seus
primeiros três pontos na competição e subiu para a terceira colocação no Grupo
7, foi a volta de Têti, que não jogava desde a Série B do Carioca do ano
passado. A torcida, claro, foi ao delírio.
Já o debute de Tarcísio Pugliese no comando do Ituano não
pode ser marcado apenas por uma derrota. Mesmo fora de casa, seu time se portou
bem. Mais na vontade do que na tática propriamente dita, é verdade, já que só
cresceu quando o adversário já vencia por 2 a 0. O gol de Caucaia serviu para
acordar a equipe de Itu, que chegou a empatar, mas o gol de Gercimar, no apagar
das luzes, foi anulado por impedimento. Com o revés, o Ituano agora é o
lanterna da chave, com zero pontos.
As duas equipes voltam a campo no próximo dia 10, pela
quarta rodada da Série D do Brasileiro. Enquanto a Cabofriense enfrenta o
Maringá, às 16h, no Estádio Willie Davids, o Ituano viaja até o Sul para
encarar o Guarani de Palhoça, às 16h, no Renato Silveira.
Novo time, velha solução
Cabofriense e Ituano fizeram um bom primeiro tempo. Digno do
que os dois novos técnicos haviam proposto, mas que não fez jus nenhum àquilo
que as equipes haviam demonstrado até aqui na competição. O time de Itu, logo
no primeiro minuto, já acertou uma bola na trave com Claudinho. A resposta foi
quase que imediata: Arthur recebeu de Kaká, fez o gol, mas o árbitro já havia
assinalado o impedimento.
A Cabofriense de Alfredo Sampaio era diferente em vários
aspectos, a começar pela dupla de zaga. Pessanha e Luizão deram lugar a Victor
Silva e André Oliveira. Mais na frente, Kaká ficou com a vaga de Marcel. No
entanto, o maior problema da equipe parecia não ter sido resolvido. Jones, como
já havia acontecendo, ficava completamente isolado no ataque. É nessas horas
que a estrela do time precisa aparecer. Eberson, o camisa 10, chamou a
responsabilidade para si e acertou a trave em chute de fora da área. No lance
seguinte, tabelou com Kaká, a bola escapou, mas Rodrigo Dias mandou para
dentro.
Uma dose de emoção
Um decisão de Alfredo Sampaio, sem sombra de dúvidas, foi
acertada: a entrada de Kaká. Com sua velocidade, a maioria das subidas da
equipe levava perigo. Mas foi quando ele usou a precisão que a Cabofriense fez
o segundo. Eberson recebeu lindo passe do meia, deixou o goleiro para trás e
ampliou a vantagem. Foi então que Tarcísio Pugliese, outro estreante da noite,
também resolveu entrar no jogo. Clayson e André Luis foram convocados, e o
jogo, a partir daí, ganhou um outro rosto.
O crescimento do Ituano na partida veio à medida que a
Cabofriense foi se mostrando satisfeita com o resultado e, por consequência,
recuando. O time de Itu passou a ter mais campo para desenvolver o jogo, mais
posse de bola, mais volume. As chances não eram tantas, mas algo dizia que,
mais cedo ou mais tarde, o gol sairia. Não deu outra. Caucaia cansou de ver a
equipe batendo na defesa e voltando e decidiu arriscar de longe. Um belo gol, o
primeiro do volante com a camisa do Ituano, mas que contou com uma leve
contribuição de Rodolfo.
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